21 de fevereiro de 2007
tantas águas
tantas águas me deslizaram sobre o corpo
águas várias temperaturas várias
muitos caudais diferentes
tantas águas correntes. tantas águas!
o corpo duro-pedra amoleceu moldou-se
sujeitou os ângulos agudos
arredondou as formas qual corpo de mãe
talvez tenha parido - pedras. pedras rigorosas
como invernos.
tantas águas me correram sobre o corpo
sem pedir licença - como o tempo
desgastando moendo corroendo
tantas águas que me sinto quase líquida agora
rolo com elas quando correm, não sobre mim
eu nelas
a dissolver-me até à transparência
de olhar um espelho e nem sequer me ver.
Comments:
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Non
falas de vida em água...aqui nesse momento chove torrencialmente...
lembro-me das águas que já correram sobre mim...
beijos
della
falas de vida em água...aqui nesse momento chove torrencialmente...
lembro-me das águas que já correram sobre mim...
beijos
della
Rios e caudais nossos. Que sentimento mais lindo, essa água que foi tormento, que foi ternura. Bjinho
Com ternura, non.
Transparencia invernosa.
Em dissolvencia liquida.
Pedras esponjosas.
De redondos angulos.
Deslizando em vertigem.
Nas paradas águas.
Procurando a Foz.
No brotar da nascente.
bj)
Transparencia invernosa.
Em dissolvencia liquida.
Pedras esponjosas.
De redondos angulos.
Deslizando em vertigem.
Nas paradas águas.
Procurando a Foz.
No brotar da nascente.
bj)
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