28 de maio de 2007

medíocre-idade

photo by Uwe Bachmann


saio da letargia. nada como a fervura de uma trovoada no ar para me acender todos os sentidos.

é bom sentir-me viva. elétrica. pronta a soltar faísca. raios demolidores e belos se possível.

mas se beleza não houver que importa? a beleza não passa de um conceito e, para mim, a violência natural é bela sempre.

avanço de encontro à tempestade tão disposta a bebê-la como ao café com leite esta manhã: esfomeadamente!

ah, que cansaço da mediocridade! da castração mental. das andropausas mal assumidas e banais.

das menopausas lambebotas, na esperança de uma centelhazita de paixão, ainda que clandestina.

farta dos clãs-destino avanço ao sabor da tempestade. de encontro a ela. dessa. da natural!

e rebolo-me nela, num cio de adolescente desperta para a vida a transbordar do copo.

é que eu vivi todas as idades e não esqueci nenhuma. e hei-de morrer a rir de gozo e de prazer ou... dor

tanto me faz, mas com intensidade! tudo o que é pequenino me assusta. excepto uma criança.

uma criança tem todos os sentires em crecimento e nenhum sintoma ainda de medíocre-idade.

porque toda a criança nasceu de uma mulher em tempestade!


Comments:
:)

bem regressada!

bom dia!
 
/
um sim
em non
/
ji
/
 
Non

suas explosões de sentidos...um texto cheio de verdades.intensamente leio-o, sacia-me.


beijos

della
 

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