12 de dezembro de 2006

grito verde

Edvard Munch


tão silencioso é o meu grito nem a noite o ouve.

manhãs claras e verdes da infância, corridas pelas ladeiras...

urge-me respirar

as formas ondulantes do trigo e dos pinhais

acocorar-me num monte de terra

e receber-lhe o odor avermelhado.


o grito!

este meu tão silencioso grito

que nem ao passar por mim é possível ouvir

vivo-o neste minuto e não sei descrevê-lo sequer.


sem voz sem rios sem verde sem terra é-se mulher?

e o meu grito apodrece

como outro citadino grito que ninguém ouve ou quer.

Comments:
(blogs.... este é outro profile nem encontra o voando por este...)

mas gostei do que escreveste!

(eu cá grito a sonhar e a malta dá um pulo! a filha acorda, o filho não liga, penso que o marido resmunga mas ele diz que não... quem acredita???)
 
Os gritos... no silêncio...
Os gritos silenciosos...
Quem os escuta?
Beijo.
 
ah Mulher inteira,

sem mais comentários!


um beijo ( de sedução canina por exigência bloguista - bah!!! ).
 
Non


silencio-me.


della
 

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